Investimento em Macau

A CCP reuniu, no passado dia 18 de maio, com responsáveis do IPIM – Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau, entidade que interrompeu temporariamente os seus esforços de promoção do comércio durante a pandemia, mas que pretende agora reativá-los.

Macau é uma ponte que liga dois mundos, tendo uma vantagem geográfica e sendo zona franca – em 2021, houve um aumento das suas trocas comerciais em 38%.

O IPIM organiza visitas aos países de língua portuguesa/PLP (em novembro levarão uma Delegação ao Ceará, no Brasil) e estão envolvidos em várias feiras que se realizam na China. Organizam a PLPEX , uma exposição de produtos e serviços dos PLP que se realiza regularmente em Macau.

Este instituto assegura serviços gratuitos de apoio às empresas que pretendam desenvolver atividade comercial e investimentos com empresas e empresários de Macau, prestando apoio através de profissionais bilingues das áreas do direito, da contabilidade, da fiscalidade, etc – um “one stop service” que visa facilitar o estabelecimento de empresas em Macau em termos de obtenção de licenças, em questões de recursos humanos, de SST, etc.

O IPIM tem, ainda, um Portal com uma base de dados de produtos alimentares dos PLP e onde se pode obter informação sobre os seus serviços de apoio, como obtenção de informações e consultoria comercial. Está também disponível para fazer apresentações/intervenções em eventos organizados por entidades portuguesas.

Os interessados em obter informação complementar poderão visitar o seu sítio online: https://www.ipim.gov.mo/pt-pt/

Semestre Europeu 2022-2023

No âmbito do Processo do Semestre Europeu, a Comissão Europeia já publicou as suas Recomendações e solicitou a Portugal que tome medidas em 2022 e 2023 para:

1. Em 2023, assegurar uma política orçamental prudente, nomeadamente limitando o crescimento das despesas correntes financiadas nacionalmente abaixo do potencial crescimento do produto a médio prazo, tendo em conta a continuação do apoio temporário e direcionado às famílias e às empresas mais vulneráveis aos aumentos dos preços da energia e às pessoas que fogem da Ucrânia. O país deverá preparar-se para ajustar as despesas correntes à evolução da situação.
Expandir o investimento público para a transição verde e digital e para a segurança energética, inclusive fazendo uso do Mecanismo de Recuperação e Resiliência , do RePowerEU e de outros fundos da UE. Para o período pós-2023, procurar uma política orçamental que permita alcançar situações orçamentais prudentes a médio prazo e assegurar uma redução credível e gradual da dívida e a sustentabilidade orçamental a médio prazo, através de uma consolidação gradual, investimento e reformas. Melhorar a eficácia dos sistemas fiscais e de proteção social, em particular através da simplificação de ambos os enquadramentos, fortalecendo a eficiência das suas respetivas administrações e reduzindo os encargos administrativos associados.

2. Prosseguir com a implementação do seu plano de recuperação e resiliência, em linha com os objetivos e as metas incluídos na Decisão de Execução do Conselho de 13 de julho de 2021. Apresentar os documentos de programação da política de coesão 2021-2027 com vista à finalização das suas negociações com a Comissão e, posteriormente, iniciar a sua implementação.

3. Reforçar as condições para uma transição para uma economia circular, nomeadamente através do aumento e da prevenção, reciclagem e reutilização de resíduos para desviar os resíduos dos aterros e incineradores.

4. Reduzir a dependência geral de combustíveis fósseis, inclusive no setor dos transportes. Acelerar a implantação de energias renováveis melhorando a transmissão e distribuição das redes de eletricidade, viabilizando investimentos em armazenamento de eletricidade e agilizando o licenciamento com procedimentos que permitam um maior desenvolvimento de energia eólica, particularmente offshore, e solar para a produção de eletricidade. Reforçar o quadro de incentivos para a eficiência energética com investimentos em edifícios. Aumentar as interconexões elétricas.

O Relatório sobre Portugal poderá ser consultado em: https://ec.europa.eu/info/sites/default/files/2022-european-semester-country-report-portugal_pt.pdf

Divulgação: Semana Europeia da Primavera do Teste do VIH-Hepatites

No âmbito da nossa presença, em representação das Associações Patronais no Conselho para as Migrações, vimos divulgar a Semana Europeia do Teste VIH-Hepatites, que se assinalará de norte a sul do país entre 16 a 23 de maio. Ao longo destes dias, será possível fazer o rastreio do VIH e hepatites virais em várias organizações da sociedade civil, e os testes são gratuitos, rápidos e anónimos.

O rastreio direcionado a grupos mais vulneráveis, no contexto da prevenção combinada, é um serviço prioritário. De forma a superar os desafios impostos pela pandemia Covid-19 e a consequente diminuição da oferta deste serviço nos dois últimos anos, durante esta semana tentar-se-á mobilizar e aumentar a disponibilização do rastreio comunitário em diferentes locais, em centros fixos, unidades móveis de saúde ou tendas/locais provisórios.

A Semana Europeia da Primavera do Teste do VIH e Hepatites Virais é uma campanha europeia que mobiliza organizações da sociedade civil e instituições de saúde pública em toda a Europa a se unirem duas vezes por ano, em maio e novembro, para reforçar o rastreio e promover os benefícios da prevenção. Portugal junta-se à iniciativa desde 2013, e reforça mais um ano o rasteio do VIH, hepatites virais e outras infeções sexualmente transmissíveis (IST).

Em Portugal, as organizações membro da Rede de Rastreio Comunitária e associações, Municípios, Juntas de Freguesia e a iniciativa Lisboa Sem SIDA da Câmara Municipal de Lisboa, juntam-se e apelam para a importância da oferta e acessibilidade destes serviços e a remoção de qualquer barreira no acesso aos cuidados de saúde.

Em 2017, cerca de 2,3 milhões de pessoas viviam com VIH na região europeia da OMS e foram diagnosticadas 159420 novas infeções. Estima-se que, nesta região, 15 milhões de pessoas vivam com Hepatite B e 14 milhões com Hepatite C. Estas duas infeções causam 165000 mortes por ano e ainda permanecem lacunas no diagnóstico, o que compromete as estratégias internacionais de eliminação da infeção pelo VIH, hepatites virais e outras IST, enquanto problema grave de saúde pública até 2030.

Mais informação encontra-se disponível em: https://wetransfer.com/downloads/6eedeb04d059f79171ade123e9d590f820220516084758/cf0b28c35a2274110d3ac9f6bff679fa20220516084823/c150c1

Serviços Públicos de Emprego e PME

Uma parceria orientada entre as PME e os serviços públicos de emprego (SPE) é a melhor forma de se resolver a escassez contínua de mão-de-obra e de competências, enfrentada pelas PME. Essa foi a principal mensagem da Diretora de Assuntos Sociais da SMEunited, Liliane Volozinskis, durante a Conferência de Partes Interessadas da Rede SPE sobre “Enfrentar conjuntamente a escassez de mão de obra e de competências”.

“Tal cooperação com as pequenas empresas deve tornar-se a maneira habitual de se trabalhar, para trazer desempregados e inativos de volta ao mercado de trabalho. Os candidatos a emprego devem beneficiar de formação orientada para a procura de emprego, por forma a que se preencham adequadamente as vagas nas PME”, sublinhou a Sra. Volozinskis.

A cooperação estreita deve assegurar-se de forma permanente, para facilitar o recrutamento de trabalhadores qualificados num período de rápidas mudanças no mercado de trabalho, em grande parte devido às transições digitais e verdes. Isso pode exigir o fortalecimento do SPE e a adaptação de métodos de trabalho, em alguns países, que assegurem a oferta de serviços personalizados aos trabalhadores com as competências exigidas pelas micro e pequenas empresas em nível local. Os SPE terão de facilitar as transições de emprego para emprego e conceber as medidas de ativação adequadas para todos os tipos de desempregados e inativos.

Para tal, os SPE, juntamente com os serviços privados de emprego e os parceiros sociais, devem participar ativamente na educação e formação profissional a nível nacional, para proporcionar uma correta qualificação e requalificação dos trabalhadores. Juntamente com a migração económica, isso contribuirá para compensar a redução da população em idade ativa resultante do envelhecimento. Também contribuirá para combater a desadequação entre as competências e as necessidades reais, uma característica permanente do mercado de trabalho que está a ser exacerbada pelas transições digital e verde.

Sobre a falta de atratividade de alguns empregos, Liliane Volozinskis explicou que melhorar as condições de trabalho é parte da solução. Ao mesmo tempo, tanto o SPE quanto os empregadores devem fazer esforços alargados para combater os estereótipos e melhorar a imagem de certos setores, como o da construção. Há que incluir este tópico nas suas estratégias conjuntas e numa abordagem inovadora para lidar com a escassez de mão de obra e de competências. Por último, lembrou que o SPE deve também apoiar melhor o empreendedorismo como outro pilar importante para a criação de emprego, através de medidas adequadas como a formação, a mentoria, a tutoria e o apoio financeiro.

Concorrência

O Parlamento Europeu adotou, ontem, o seu relatório sobre a política de concorrência. O relatório destaca o papel fundamental que a política de concorrência desempenha no bom funcionamento do mercado único, que é de particular importância para os consumidores europeus e a economia, tendo em conta os danos causados pela pandemia de COVID, a atual crise inflacionária e a invasão russa da Ucrânia.

O setor retalhista e grossista atua num ambiente altamente competitivo e com margens baixas, prestando um serviço essencial aos consumidores. Necessita do mercado único e da política de concorrência para fornecer aos clientes aquilo de que necessitam, a um preço razoável.

A competitividade global da Europa tem de assentar numa forte concorrência interna. O reforço da concorrência no mercado único também pode ajudar a compensar a atual inflação elevada.

Neste relatório, o Parlamento Europeu manifesta-se claramente contra comportamentos que fragmentem o Mercado Único e pede à Comissão Europeia que analise as alianças de retalhistas.

A respeito, realce-se que o estudo do Centro Comum de Investigação, de 2020, “Alianças de retalhistas na cadeia de abastecimento agrícola e alimentar” identificou claramente os muitos efeitos positivos para a concorrência, resultantes das alianças e a necessidade de se basear a avaliação de qualquer efeito anticompetitivo por casos específicos. Em março de 2022, a Comissão reconheceu que diferentes tipos de alianças de compra, em muitos setores de negócios, poderiam trazer benefícios aos consumidores através das suas negociações com os principais fabricantes dos produtos mais procurados, aos quais compram regularmente.

Conferência sobre o Futuro da Europa

A Secretária-Geral da SMEunited, Véronique Willems, participou na Conferência sobre o Futuro da Europa, sessão plenária em Estrasburgo, nos dias 8 e 9 de abril. Os membros do Plenário debateram as propostas apresentadas pelos Grupos de Trabalho.

Intervindo nas propostas do Grupo de Trabalho “Economia mais Forte, Justiça Social e Emprego”, a Sra. Willems agradeceu aos cidadãos por incluírem na discussão a promoção do espírito empreendedor. Lembrou uma citação de Winston Churchill de que algumas pessoas consideram a empresa como um tigre predador, ou uma vaca leiteira e poucas pessoas a veem como o cavalo de trabalho. “Hoje estou feliz por ver que os cidadãos assumiram a tarefa de preparar o cavalo do Sr. Churchill… Gostaria de agradecer especialmente aos cidadãos por incluírem a promoção do espírito empreendedor”, sublinhou a Secretária-Geral da SMEunited, que também agradeceu aos cidadãos por incluírem o princípio “pensar pequeno primeiro”, garantindo que as pequenas empresas possam implementar as regras acordadas, e pela atenção aos cuidados com crianças e idosos.

A Secretária-Geral da SMEunited também referiu algumas opiniões de PMEs sobre os resultados do Grupo de Trabalho “Transformação Digital”. Destacou a importância da infraestrutura de conectividade, do reforço das qualificações e dos padrões para garantir a interoperabilidade. Segundo ela, também é fundamental pensar no mundo não digital: “garantir os sistemas de comunicação em caso de blackout cibernético completo ou desastre e a necessidade de continuar-se a prestar serviços essenciais de forma não digital”. E concluiu, referindo-se à declaração de um embaixador cidadão de que lutar pela melhoria é a base do progresso em todos os campos: “Acabou o tempo de falar sobre a transição digital e verde. Agora temos que traduzir isso em planos concretos.”

Discutindo o papel da UE no mundo, a Sra. Willems salientou que “a Europa tem o potencial e a possibilidade de se tornar o definidor de padrões no mundo digital e verde”. Ela referiu-se ao Regulamento Geral sobre a Protecção de Dados, que é considerado a “regra de ouro” na proteção de dados (embora a sua melhoria, do ponto de vista das PMEs, seja viável). Willems mencionou que as alterações climáticas são vistas como um desafio global e devem ser abordadas desta forma. Enfatizou que as PMEs devem ter fácil acesso aos mercados internacionais e que a Comissão Europeia deve verificar o impacto dos acordos de comércio livre em todas as pequenas e médias empresas que atuam a nível internacional e a nível do mercado interno europeu.

A Sra. Willems também interveio sobre as recomendações dos grupos de trabalho sobre valores e direitos, onde destacou a importância do Estado de direito para os cidadãos e as empresas, para que as regras acordadas em conjunto sejam implementadas e aplicadas em toda a Europa.

Os interessados em mais informação podem aceder em: https://www.smeunited.eu/news/public-employment-services-and-smes-cooperation-has-to-be-reinforced-

Competências sociais

A COVID-19 acelerou drasticamente a necessidade de novas competências na mão de obra, com as competências sociais e emocionais a terem grande procura. A Comissão Europeia destaca, num artigo recente, seis competências-chave e avança alguns conselhos:
Comunicação
A capacidade de comunicar eficazmente com os colegas e os clientes é essencial para quase todos os empregos. Não é de admirar, por isso, que os empregadores a valorizem fortemente. Estas competências incluem a comunicação oral, escrita e não verbal, a empatia, a capacidade de escuta e a confiança.
O best seller da lista do New York Times, Words that Work, do Dr. Frank Luntz, pode ajudá-lo a alargar as suas competências de comunicação.
Resolução de problemas
Por vezes, os problemas são inevitáveis, mas é a forma como os gere que realmente conta. Os empregadores querem trabalhadores capazes de abordar os problemas de forma calma e metódica e que usem o pensamento criativo para encontrar soluções. As competências de resolução de problemas incluem a observação, a negociação, o pensamento lateral, a análise, a reflexão e a tomada de decisões.
Um livro muito bom sobre o tema é Stop Guessing: The 9 Behaviors of Great Problem Solvers, de Nat Greene.
Liderança
Nem todos os postos de trabalho são postos de liderança em que vai gerir um grupo de pessoas. No entanto, a maioria irá exigir que tome a iniciativa num determinado momento, quer com um projeto, quer com clientes. Os empregadores valorizam as competências de liderança porque elas demonstram que tem capacidade para tomar decisões, gerir situações e orientar os outros quando necessário. As competências de liderança incluem a resolução de conflitos, a delegação, a empatia, a versatilidade e a gestão de projetos.
Simon Sinek, autor britânico e conferencista inspirador, fala sobre liderança nos seus livros e entrevistas. Encontre uns minutos para o seu TED Talk.
Trabalho de equipa
Existem muito poucas profissões em que trabalhará completamente sozinho, o que torna as competências de trabalho em equipa essenciais. Os empregadores querem trabalhadores que sejam capazes de trabalhar bem com os outros, mesmo quando não estejam necessariamente de acordo, e de unir esforços para serem bem sucedidos. Entre as principais competências ligadas ao trabalho em equipa figuram a colaboração, a cooperação, a escuta e a delegação.
Ética de trabalho
Chegar ao trabalho a horas, concluir as tarefas dentro dos prazos e ser organizado faz parte de uma ética de trabalho sólida. Estas ações mostram que acredita na importância do seu trabalho, o que o tornará apreciado pelos empregadores. As competências específicas no domínio da ética profissional incluem a automotivação, a fiabilidade, o profissionalismo e a disciplina.
O livro On Fire at Work, de Eric Chester, pode ser um bom ponto de partida para encontrar inspiração.
Atitude positiva
Os trabalhadores com uma atitude positiva são essenciais para qualquer empresa. Não só podem contribuir para tornar o local trabalho divertido e produtivo, como a sua capacidade de se manterem positivos pode ajudar a contrabalançar os ambientes de trabalho com stress e ritmo elevados. A cooperação, o entusiasmo, a convivialidade e o respeito são algumas das principais competências conexas.
Há numerosos conselhos na Internet sobre formas de cultivar o sentimento positivo. Pode tentar uma maneira diferente todos os dias, como, por exemplo, dedicar tempo para cuidar de si depois do trabalho, ler umas piadas antes de ir para o trabalho ou no caminho para o escritório. Nunca salte as pausas no trabalho.

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