Newsletter da Eurofound – junho 2025

“Moldando o futuro do trabalho: por dentro das estratégias de trabalho híbrido da Europa”

Na sua mais recente edição, a newsletter da Eurofound – a Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho, em cujo Conselho de Administração a CCP tem representação, publicou um artigo escrito pelo Investigador Jorge Cabrita, o qual refere que à medida que as exigências de “retorno ao escritório” continuam a alimentar o debate sobre o futuro do trabalho, o trabalho híbrido tornou-se uma característica permanente de muitas organizações. Mas como é isso implementado na prática e o que significa isso para a qualidade e o desempenho do trabalho, questiona?

Embora o trabalho remoto tenha sido inicialmente imposto durante os lockdowns, a sua adoção contínua – no contexto de organizações de trabalho híbridos – é amplamente voluntária. Em todos os estudos de caso, a opção de trabalhar num modo híbrido era discricionária, dependente de determinadas funções e de acordos. A liberdade de optar por isso parece fundamental para o seu sucesso.

As vantagens para os trabalhadores

O principal motivo citado pelos trabalhadores para a escolha do trabalho híbrido é a economia de tempo de deslocação. O tempo anteriormente gasto no trânsito é agora reaproveitado para descanso, responsabilidades pessoais ou lazer, melhorando o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Isso foi particularmente apreciado por aqueles com longas deslocações e/ou tarefas de cuidados.

Os trabalhadores também relataram aumento na produtividade, frequentemente associado a maior autonomia e à capacidade de trabalhar quando se sentiam mais focados. Com o tempo, muitos começaram a valorizar esses benefícios intrínsecos — maior concentração, fluxos de trabalho com ritmo próprio e menos distrações no escritório — tanto quanto, se não mais que as conveniências logísticas.

Fundamentalmente, o trabalho híbrido foi associado a uma maior satisfação no trabalho e a um melhor bem-estar geral. Diversos estudos de caso revelaram que o trabalho híbrido está ligado ao aumento da motivação e da satisfação no trabalho, contribuindo para a construção de confiança quando gerido adequadamente.

Muitos entrevistados destacaram que o trabalho híbrido apresenta uma certa curva de aprendizagem, na qual os benefícios intrínsecos ao trabalho desse tipo são cada vez mais valorizados ao longo do tempo. Para alguns, o formato híbrido mudou a própria maneira como pensavam sobre a sua relação com o trabalho.

Três modelos híbridos emergentes

Os modelos de trabalho híbrido variam significativamente no seu design e gestão. A Eurofound categorizou os dez estudos de caso em três tipos distintos:

  1. Estruturado e equilibrado (5 casos): esses modelos são regidos por políticas centrais, mas permitem a distinção na equipa. Normalmente, os trabalhadores podem trabalhar remotamente de 2 a 3 dias por semana (40% a 60% do tempo de trabalho). Os gerentes de linha desempenham um papel fundamental na programação e coordenação, equilibrando as necessidades organizacionais com as preferências individuais.
  2. Flexível e sem restrições (4 casos): essas configurações priorizam a autonomia individual, com poucas restrições formais. O trabalho remoto costuma ser o padrão e a presença no escritório é amplamente opcional. Os gerentes de linha são responsáveis ​​por gerir diferentes tipos de equipas, muitas vezes com a maioria dos funcionários a trabalhar remotamente na maior parte do tempo.
  3. Rígido, priorizando o escritório (1 caso): o caso atípico no estudo. O trabalho remoto é rigidamente controlado e limitado a um dia fixo por semana, acordado previamente com o gerente da linha. A variação é mínima, com uma política hierárquica que dita os termos para todos os funcionários.

Os interessados poderão aceder à newsletter aqui:

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In our Third Annual lecture, Prof. Enrico Giovannini explored how well-being is measured and how the economic transition can be reconciled with economic growth and social prosperity.

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