Relatório Draghi – o futuro da competitividade da União Europeia

O retalho e o comércio grossista são fundamentais para a competitividade da UE

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, recebeu o relatório Draghi sobre o futuro da competitividade da União Europeia. Espera-se que o relatório anunciado no Estado da União de 2023 oriente a próxima Comissão e as ações que esta toma para melhorar a competitividade da UE.  O relatório colocou a descarbonização, a independência energética, a defesa, a segurança económica estratégica e a inovação no topo da agenda da UE.

A Diretora-Geral da EuroCommerce, Christel Delberghe, entidade que representa os retalhistas e grossistas da Europa, comentou: “As recomendações de Draghi orientarão as ações da UE nos próximos cinco anos. Congratulamo-nos com a clara ênfase colocada no investimento, na energia, na sustentabilidade e na transição tecnológica, na legislação de melhor qualidade e no Mercado Único. Mas qualquer estratégia eficaz de competitividade da UE precisa de olhar para além da indústria transformadora e reconhecer a contribuição dos serviços”.

Os retalhistas e grossistas são o maior setor de serviços, contribuindo com 10% para o PIB da UE e são o primeiro empregador privado da Europa, proporcionando empregos a 26 milhões de europeus; estão, também, presentes em todas as comunidades da UE. Muitos têm estado na vanguarda de inovações que os clientes da UE consideram agora garantidas, como o comércio eletrónico, alimentos e produtos eletrónicos de consumo que são melhores para o planeta, vestuário mais sustentável e o fornecimento ao nível da construção e de equipamento elétrico mais ecológico para edifícios residenciais ou de escritórios.

Enquanto parceiros-chave no final da cadeia de valor, o comércio a retalho e grossista estão idealmente posicionados para liderar, por exemplo: coordenar soluções ao longo da cadeia de abastecimento e/ou incentivar os seus clientes a fazerem escolhas mais sustentáveis. Já estão a fazer investimentos significativos no apoio à transição energética, desenvolvendo novos modelos de negócio baseados no princípio da circularidade e liderando com a inovação digital.

O sector é reconhecido no relatório como tendo um desempenho superior ao dos EUA nos sectores de tecnologia média. O comércio retalhista e grossista desempenha um papel significativo na competitividade da Europa e poderá fazer mais. Isto exige que a UE e os Estados-Membros deem prioridade ao Mercado Único, trabalhem em parceria com retalhistas e grossistas para desenvolver uma força de trabalho qualificada, para apoiar a descarbonização e para garantir legislação de elevado impacto, de alta qualidade e de baixo custo de implementação.

Comentando sobre o potencial do comércio retalhista e grossista para serem o parceiro de eleição da UE, a Diretora Geral do EuroCommerce, Christel Delberghe observou: “Encorajamos fortemente a Comissão Europeia a pensar de forma holística e a reconhecer o que os retalhistas e grossistas podem contribuir para a competitividade da UE. Do lado da procura, os retalhistas e grossistas oferecem um enorme potencial para ampliar a inovação verde e digital. Devemos também olhar para além das nossas fronteiras e apoiar a diversificação das cadeias de abastecimento globais que nos ajudem a permanecer resilientes e competitivos a nível mundial”.

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