Comunicado de 17 de Setembro, 2008
A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal considera que o fenómeno da insegurança está a ter impactos relevantes nas vendas do comércio de proximidade. E este impacto será tanto maior quando entrar em vigor o horário de Inverno, onde se espera uma quebra de 10 a 15 por cento das vendas.
“Cerca de 30 por cento das vendas no comércio de rua são realizadas no período entre as 17:00 e as 20:00, à saída do trabalho”, explica o presidente da CCP. “Com o aumento do sentimento de insegurança, as pessoas retraem-se de fazer compras à noite, transferindo eventualmente parte do consumo para centros comerciais, onde se sentem mais seguras”, adianta José António Silva.
Outras implicações graves, para além das pessoas e bens afectados, são o aumento de custo dos seguros e a necessidade de investimento, pelos comerciantes, de sistemas alternativos de segurança, entre outros.
A CCP defende a adopção de um conjunto de medidas de carácter preventivo que conduzam à diminuição deste tipo de criminalidade. Estas medidas deverão passar, nomeadamente, pelo aumento do policiamento das zonas comerciais, instalação de sistemas de videovigilância e linhas telefónicas directas mas, igualmente, pela definição de estratégias que possam ajudar as empresas em matéria de procedimentos a adoptar.
A CCP irá solicitar, para o efeito, reuniões aos senhores Ministros da Administração Interna e da Justiça, em paralelo, com o aprofundamento do debate junto da estrutura associativa.