Comércio e Serviços Precisam de Trabalhar

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, CCP estrutura que agrega mais de uma centena de associações, não pode deixar de lamentar que, uma vez mais, sejam alteradas as condições para o exercício das actividades de comércio e serviços, em inúmeros concelhos que incluem uma parte significativa quer da população quer do tecido empresarial do País.

Ao longo deste período pandémico estes sectores estiveram sempre na linha da frente quando se tratou de impor novas restrições, enquanto se assistem a decisões contraditórias ou ao descontrole em recentes situações, como a jornada que definiu o campeão nacional de futebol em Lisboa e a final da Champions League no Porto, ou se assiste à ineficácia no controlo de inúmeras situações públicas de incumprimento, diariamente relatadas nos meios de comunicação social. Se enquadrarmos essas situações num contexto de cansaço do confinamento por toda a população, entende-se a perda de autoridade política e moral do governo cada vez que são decretadas novas medidas.

Acresce ainda que as empresas não podem estar, recorrentemente, à espera das quintas-feiras, pelas decisões dos Conselhos de Ministros, para saber o que fazer no dia seguinte. As empresas precisam de saber com o que contam, para programarem as suas actividades, gerirem stocks, organizar os colaboradores, entre muitos outros aspectos, principalmente num momento em que vários apoios começam a desaparecer e as empresas são obrigadas a cumprir a totalidade dos seus compromissos.

Como temos vindo a afirmar a generalidade das empresas do comércio e serviços têm dado um excelente exemplo de cumprimento das regras que foram sendo estabelecidas, protegendo dessa forma consumidores e colaboradores. É altura de deixar as empresas trabalhar, garantido assim crescimento económico e manutenção de emprego.

02.07.21

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